O SXSW é muito mais do que Amy Webb. Não é uma provocação, mas um convite. Um convite para ir além do mainstream, para explorar os cantos menos percorridos e as conversas menos badaladas. Por anos, Amy Webb tem sido um dos grandes nomes do evento, trazendo uma perspectiva poderosa sobre tendências e futuros. No entanto, limitar o SXSW ao que acontece no Ballroom D, onde talks como os dela ganham destaque, é perder o âmago do que o festival representa.
O SXSW é um ecossistema vibrante, onde tecnologia, criatividade, cultura e sociedade convergem de formas inesperadas. É uma plataforma que celebra o encontro entre mentes visionárias, debates profundos e soluções para os desafios mais urgentes do mundo. Amy Webb é essencial para uma compreensão macro das tendências, mas, muitas vezes, o verdadeiro impacto do SXSW está em espaços mais modestos: em painéis menores, workshops colaborativos, ou mesmo nas conexões feitas no meio do caminho.
Por exemplo, enquanto Amy Webb discutia a ascensão da IA generativa e a convergência de dados em suas previsões macroeconômicas no Ballroom D, em uma sala menor, um painel sobre “Tecnologia Indígena e Futuros Sustentáveis” trouxe perspectivas cruciais sobre como comunidades indígenas estão utilizando tecnologia para preservar suas culturas e enfrentar desafios climáticos. Um workshop sobre “Design Inclusivo” explorou práticas concretas para tornar produtos digitais acessíveis para pessoas com deficiência, oferecendo insights diretamente aplicáveis às indústrias criativas.

Outra grande reflexão vem de sessões como “O Futuro da Narrativa Transmídia”, que mostraram como criadores independentes estão explorando novas linguagens narrativas usando NFTs e plataformas descentralizadas. Esses espaços não apenas questionam as tendências discutidas no mainstream, mas também oferecem soluções práticas e perspectivas alternativas que poderiam facilmente passar despercebidas.
Este será o último SXSW antes da reforma do Austin Convention Center, uma transformação física que simboliza também uma metamorfose conceitual. É o momento perfeito para refletir sobre como consumimos o evento e o que consideramos essencial nele. Quando perguntado “o que ver no SXSW?”, é preciso ir além da superfície. Talvez a resposta não seja “Amy Webb”, mas algo mais profundo, mais autêntico, e, acima de tudo, mais alinhado ao espírito de exploração que o SXSW sempre promoveu.

No Institute for Tomorrow, acreditamos que o SXSW é um terreno fértil para questionar nossos próprios vieses. Por que colocamos tanta ênfase no ângulo macro e menos nos desdobramentos que podem surgir das bordas, dos projetos independentes e das iniciativas menores que são apresentadas no evento? O futuro não está nos holofotes; ele está na sobreposição de vozes diversas que podem ser ouvidas por quem tem coragem de ir além.
Se é tendências que procuramos, é tendências que encontraremos – mas a verdadeira riqueza está em como escolhemos navegá-las. O SXSW oferece não apenas um vislumbre do que está por vir, mas também a chance de moldar ativamente este futuro, dialogando, aprendendo e se conectando com mentes inquietas de todas as partes do mundo.
É por isso que, ao embarcarmos neste SXSW único, convidamos você a olhar além do Ballroom D. Não se trata de desmerecer o conteúdo que acontece ali – ele é valioso. Trata-se de abrir espaço para o inesperado, para a surpresa, para as tendências que ainda não sabem que são tendências. Trata-se de viver o SXSW como ele realmente é: um festival de possibilidades ilimitadas.

Venha conosco ao SXSW 2025.
Últimas vagas em https://missaosxsw.com/. Saiba mais em Missão SXSW 2025.