O SXSW 2026 abre sua temporada de anúncios com força simbólica: celebrar os 40 anos de festival e, ao mesmo tempo, apontar para um futuro em que a criatividade e a tecnologia só fazem sentido se colocarem a humanidade no centro. A primeira leva de mais de 60 conteúdos já mostra para onde caminhará a conversa em Austin, entre 12 e 18 de março.
O festival se reinventa
A edição histórica inaugura um formato inédito. O Austin Convention Center deixa de ser o coração do evento, dando lugar a uma SXSW Village espalhada pelo centro da cidade. Os novos clubhouses dedicados a Inovação, Música e Film & TV se tornam pontos de encontro, aprendizado e networking.
Entre as novidades também estão:
Sete noites consecutivas de showcases musicais, reforçando a vocação do SXSW como palco de descobertas.
Um sistema de reservas antecipadas para sessões e estreias, oferecendo mais previsibilidade em meio à abundância de escolhas.
Um Crossover Day expandido com o SXSW EDU, integrando educação, inovação e criatividade já no primeiro dia.
Mais do que ajustes logísticos, são sinais de um movimento claro: o SXSW 2026 busca se posicionar como um território de pertencimento em uma era marcada pela dispersão digital.
Os “suspeitos de sempre” e as novidades que mudam a narrativa
Como em toda edição, o SXSW reúne figuras que já fazem parte do seu DNA. Amy Webb, Jack Conte, Rohit Bhargava, Sandy Carter e Ian Beacraft são presenças recorrentes, que ajudam a manter consistência nos debates sobre tendências tecnológicas, futuro do marketing e novas fronteiras da economia dos criadores.
- Para quem estava preocupado com a ausência do Ballroom D, Amy Webb retorna com seu Emerging Tech Trend Report, tradicionalmente o momento em que o festival define a pauta global de inovação.
- Jack Conte (Patreon) traz a visão do criador como empreendedor independente, apontando caminhos para a maturidade da Creator Economy.
Mas o 40º aniversário também marca a chegada de vozes que ampliam e tensionam a narrativa:
Timnit Gebru: pesquisadora e fundadora do Distributed AI Research Institute (DAIR), é referência global em ética e viés algorítmico. Conhecida por sua saída polêmica do Google após denunciar riscos nos sistemas de IA, Gebru traz para Austin a perspectiva crítica que questiona o poder das Big Techs e recoloca no centro a questão: como recuperar a humanidade da IA?
Paula Kerger: presidente e CEO da PBS, representa a defesa das instituições culturais e cívicas como infraestrutura essencial em tempos de polarização. Sua presença lembra que a confiança é ativo indispensável para qualquer futuro sustentável, seja para a mídia ou para marcas.
Essas novidades mostram que o SXSW não se limita a celebrar a inovação: ele também abre espaço para debater seus limites, contradições e impactos sociais.
Na música, nomes como The All-American Rejects e Russ & Andreea Gleeson reforçam a força da independência criativa e da construção de comunidades fora do mainstream.
Apesar do peso crescente da inteligência artificial e da tecnologia, a mensagem central da programação inicial é inequívoca: reconstruir conexões humanas em meio à aceleração da disrupção.
Implicações para marcas e líderes
Os primeiros movimentos do SXSW 2026 deixam uma mensagem clara para empresas e executivos: não basta inovar, é preciso fazê-lo com ousadia, propósito e credibilidade.
Cinco tendências estratégicas já se destacam:
Marketing como risco calculado – ousar e experimentar voltam a ser diferenciais competitivos.
Criadores como CEOs – a maturidade da Creator Economy exige novas formas de relacionamento com talentos que operam como empresas.
IA além da eficiência – a agenda é desenhar organizações que não fiquem obsoletas e garantir que a automação não dilua a identidade humana.
Trabalho com propósito – o “ikigai” aplicado ao futuro das carreiras mostra que adaptabilidade só funciona quando alinhada a valores.
Instituições e confiança – marcas e líderes que não construírem credibilidade dificilmente sobreviverão à fragmentação informacional.
Uma oportunidade única de imersão
Mais do que nunca, o SXSW se apresenta como um espaço para questionar, aprender e se transformar. Em sua 40ª edição, o festival não é apenas um palco de tendências, mas um ensaio coletivo sobre como construir futuros desejáveis em meio à complexidade.
Por isso, o Institute for Tomorrow, em parceria com a Abedesign, organiza uma missão exclusiva para Austin e Londres. Uma experiência desenhada para que líderes e empresas vivam o SXSW de forma estruturada, com curadoria, conexões estratégicas e aplicação prática dos aprendizados.
Saiba mais e participe da Missão SXSW 2026: iftomorrow.institute/missoes/sxsw-2026-missao-austin-londres-iftomorrow-abedesign